O amor romântico é como um traje, que, como não é eterno,
 dura tanto quanto dura; e, em breve, sob a veste do ideal que formámos,
 que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em que o 
vestimos. O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o 
não é quando a desilusão, aceite desde o príncipio, decide variar de 
ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos 
trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles
 vestida.
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